Julio Urrutiaga Almada
Só voa quem de céu é feito
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Textos
Em um Mapa sem Cachorros
Em um dia fúnebre
Antes da hora
Do Mês dito Agosto
O prato do pranto
Foi a flor que chora
Frio e nunca no ponto
O meu verso é dessa
Forma: fugidio inexato
O sangue não é lágrima
Mas bóia no mesmo prato
E eu de mim tudo perdi
Ao olhar inconformado
Os dias no calendário
Rasgados e putrefatos
Para dizer do tempo: venci
E nunca de fato
Ter o tempo segurado
Umas vezes ele me prendia
Nas outras me degolava
E o sangue doce foi
Uma mesa vazia
De esperar e embaraço
Tudo o que eu antes dizia
Hoje me olha estupefato
Frangalhos meu sonho inútil
Outroras meus simulacros
Nem fingir mais eu sei

De tanto que me zombaram
E se o verso me verte algo
Me exaspera ser: enfático
Sou a metade do caminho
De um fim que nunca sabe
A que veio aonde termina
se depois de tanta armadilha
Compensa todo vil pedaço.

DO Livro Em um mapa sem cachorros
Publicado no Livro Cinquenta
Julio Urrutiaga Almada
Enviado por Julio Urrutiaga Almada em 02/04/2024
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